Capítulo 14 Romualdo e a Maldição

- Então é isso, vamos ver a Esfinge. - Francis falou e foi se virando para sair.
- Pera, ainda não achamos a caderneta.
- Sério que você ainda está pensando nisso? Cara, você precisa se livrar da maldição.
- Eu sei, mas já que estamos aqui e pelo que sei foi por aqui nesse andar provavelmente que a caderneta foi perdida. O homem a perdeu fugindo da múmia de um faraó. Bom, essa que me atacou tinha pinta de faraó.
- Pelo menos ele fugiu, não ficou parado esperando pra ver no que dava.
- Muito engraçado.
- Tá certo, vamos procurar nas próximas salas, concordou Francis.
- E também vai que me livro da maldição, volto aqui e sou atacado de novo.
- Você precisa de treino. Artes marciais. Quando eu for a China você pode ir também, um bom treinamento deixará você preparado para uma boa briga.
- Pode ser. Não é má ideia.

Continuamos a procura naquele andar, já que depois de fugir o Sr. Raymond havia se escondido em uma das salas. Ele tinha me passado esses detalhes no primeiro contato na biblioteca. Eu anotara tudo e agora era a hora de resolver esse problema. Depois de muito fuçar de sala em sala, corredor a corredor finalmente avistamos um pequeno livro caído perto de uns vasos antigos.


Finalmente!
Eu fiquei muito animado, mas ao me abaixar para pegar o caderno me senti enjoado, me deu uma tonteira. Fiquei meio fraco e apaguei.



De repente uma mosca enorme pousou no meu nariz.
Mas tudo melhorou quando Margareth entrou e veio sorrindo pra mim.

Mas o sorriso dela se transformou em asco e seus olhos mostravam todo pavor que sentia por mim.


Eu havia me transformado bem em frente aos seus olhos.
Ela jamais me deixaria chegar perto dela novamente.
Notei minhas mãos e braços enfaixados, isso era terrível. Eu tinha que me afastar dela. Não poderia colocá-la em risco.
No que eu havia me transformado?

Um mostro. Uma múmia fedida e repulsiva.
Não!!! Não!!!


Abri os olhos e tudo estava normal.
Me sentei pra descansar um pouco.


- Acho que eu estava delirando.
- Romualdo, a gente precisa se apressar, você está ficando mal muito rápido. Talvez a gente não tenha duas semanas afinal. Parece que com você a maldição está fazendo efeito antes do tempo.
- Isso não é nada animador, Francis. E se eu não conseguir a cura?


- Calma! Consegue sim, não pode desanimar. Mas vamos nos apressar. Olha, eu achei um bocado de coisa antes de lhe encontrar desmaiado após o ataque da múmia. Depois lhe entrego, tem muitas moedas de ouro, acho que vai lhe animar.
- Se eu puder usá-las, múmias não tem muito o que comprar.
- kkkk, seja positivo, Romualdo.

Com a cabeça girando e cheia de pensamentos confusos saímos da pirâmide rumo a Esfinge.