Bem, eu precisava mesmo arrumar o que fazer para passar dos dois dias até reabrirem a pirâmide onde eu tinha que ir. Havia outras duas pirâmides, mas eu queria muito visitar a Esfinge. Vê-la ao longe já me deixava encantado e louco de curiosidade. Mas era bem distante e deixei pra depois.

Fui até o mercado. Havia um cesto com cobra dentro e um homem me incentivou a experimentar encantar a cobra, disse que os turistas adoravam isso. Sério? Bom, eu não sou de fugir de desafios. Peguei a flauta, sentei-me a frente do cesto e comecei a tocar. (cliquem nas imagens para ampliar)


Aff!!! Nem eu aguentei o som. Nossa eu não tinha o menor talento. Mas não me dei por vencido, aquela cobra iria sair do cesto nem que fosse pra mandar eu parar com aquele som horrível.

Eu já estava perdendo o fôlego e comecei a achar que era uma pegadinha e que não havia cobra alguma ali. E meter a mão no cesto definitivamente não foi a ideia mais brilhante que eu já tive.
É, encantar serpentes não era mesmo minha vocação. Tampouco tocar flauta. Entrei em uma lojinha e logo uma moça simpática me convidou pra dançar uma música local. Eu nunca danço, não gosto nem tenho jeito pra isso, mas não queria ser indelicado. A música era animada e acabei me empolgando. Acho que me empolguei até demais. 
Muito divertido esse mercado. Fiz algumas compras, rações para minhas expedições e não resisti e aluguei uma lambreta. Nunca tinha andado numa dessas, muito legal. Era um bocado lenta, lembrava meu carro, o Caidinho. Verdade, Caidinho era o apelido do meu carro. Peguei a lambreta e fui conhecer alguns locais. Por que não? Eu merecia umas férias e se tinha que esperar podia me divertir um pouco.
Andei até bem longe e descobri paisagens lindas. E algo que me chamou atenção no solo, resolvi escavar, encontrei uma relíquia, uau!
Que relaxante simplesmente olhar um pássaro ou uma tartaruga. 

Não pude deixar de aproveitar um lago, nem pensei que encontraria isso no Egito.


Me diverti bastante, coisa que há muito tempo eu não fazia. Fechei o dia com uma nadada em uma piscina da cidade.
Eu tinha que voltar para o acampamento, estava morrendo de fome. Comi algumas rações que havia comprado, mas o gosto era horrível e não me sustentava. Precisava comer comida de verdade. 
Que pena que não tinha ali a companhia do Oto, ele iria adorar correr atrás dos lagartos que haviam em abundância nas planícies. Pular nas águas do lago, caçar as borboletas. 

O que ele estaria fazendo?

A casa do Sr. Raymond ainda estaria inteira? Bem só se passara um dia, ainda havia mais alguns pela frente para o Oto se acostumar a ficar longe de mim e com pessoas estranhas. E afinal eu havia conseguido ensinar alguns truque para ele. Só não conseguia fazê-lo se comportar ou parar de roer os móveis. Porém o Sr. Raymond tinha me dito que o Oto ficaria no jardim que era espaçoso e que compraria muitos brinquedos para o Oto mastigar. Tomara que funcionasse

Bom, agora era descansar e arrumar algo para fazer no dia seguinte. Era uma boa ideia fazer algumas perguntas pela cidade, saber um pouco sobre a pirâmide antes de poder ir até lá. 
Que dia maravilhoso, eu estava esgotado e radiante. Quando eu voltasse pra casa arrumaria um tempinho pra levar Margareth, Pedrinho e Oto para passear. O dia de hoje serviu não só pra me distrair, mas também pra me mostrar que um tempinho para o lazer era fundamental. 
 
 

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