Capítulo 25
Os dias na China estavam sendo divertidos, românticos e ao mesmo tempo relaxantes. O lugar era tranquilo e lindo.
Estávamos aproveitando ao máximo. Eu já ficava até com pena de ter que dormir e não aproveitar mais algumas horas.
Margareth e eu fomos dar um passeio de barco. Até que me sai bem com os remos.
Cedo fomos visitar um local afastado cheio de estátuas de Terracota. Exército de Terracota era o nome delas. Eram impressionantes.
Pedrinho logo viu que havia uma escada mais adiante e correu para lá, corremos atrás dele.
Descemos a escada e o que havia lá embaixo era apenas uma salinha com mais 4 estátuas. O que parecia ser o local para outra escada não havia nada, mas eu como aventureiro desbravador de pirâmides já sabia, nesses locais nem tudo era o que parecia. Devia haver algo escondido que mostrasse as escadas.
Então vi na parede em frente em meio a 2 estátuas um local para colocar uma grande chave de pedra, mas nós não a tínhamos. Se quiséssemos descer teríamos que arrumar uma aventura, alguém que nos entregasse a chave. Mas eu sabia também que esses locais podiam ser muito perigosos. Podiam conter armadilhas, múmias! E tesouros... hummm... quem sabe? Conversamos e eles passaram da decepção de encontrar uma sala vazia para a empolgação de vivenciarem uma aventura. Eu avisei o quanto podeira ser perigoso, mas eles confiavam em mim, se algo surgisse eu os protegeria. Com certeza, a menos que fosse uma múmia e me desse outra coça de criar bicho. Esqueçam que eu disse isso, foi um momento de lembrança difícil. Eu, Romualdo Tavares não conheço o medo. Saímos e fomos procurar quem poderia nos contratar para abrir aquela passagem, mas antes passamos no mercado para comprar roupas apropriadas, Margareth fez questão, a minha eu tinha trazido.
Eu bem que tentei, mas não havia ninguém que me oferecesse o serviço da tumba. Minha reputação de grande aventureiro e detetive não havia chegado na China. Sem problemas, haviam outras missões.
Pedrinho ficou muito decepcionado, queria muito entrar naquela tumba, mas logo se animou quando fomos ao centro, pertinho de casa, nos Salões do Exército Perdido.
Margareth sentiu logo o abafado do lugar.
Eu não podia deixá-los ir na frente por temer as armadilhas, mas no que pudesse deixaria eles participarem, então pra começar indiquei que Margareth pisasse no interruptor de piso para abrir o que quer que fosse.
Uma escada apareceu e seguimos por ela, eu iria sempre a frente cuidando para que nada os machucasse.
Coloquei a chave na parede e entramos em outra sala. Já começava a render essa aventura.
Margareth estava empolgada em abrir passagens, mas essa não era tão simples, assim que ela soltou a porta a frente fechou-se novamente.
Precisava de um peso e eu com minha sagacidade puxei uma estátua e coloquei sobre o piso. Ela estava tão empolgada e olhava pra mim com admiração.
Mas após passarmos pela porta mais estátuas, mais arrasta, arrasta para aparecer um novo interruptor de piso que ela se apressou em pisar. Mais uma sala, desta vez lotada de estátuas. Pedrinho que estava ficando entediado de não poder ajudar entrou na sala, me deixando assustado.
Não sabíamos o que podia haver de perigo ali. Corremos até ele, mas apenas estátuas o cercavam. Adiante uma armadilha de raios que Margareth quis resolver. Ela mesma iria empurrar a estátua e não adiantou eu falar do perigo, ela estava decidida.
Retirei o entulho sobre mais um interruptor. Quantos obstáculos nessa tumba.
Na próxima mais estátuas, muitas delas.
Afastei algumas e atrás haviam algumas arcas. Margareth e Pedrinho abriram todas.
Depois de arrastar mais algumas estátuas saímos em outra sala desta vez só havia um local para colocar uma chave que nós não tínhamos e um poço. Eu falei que iria mergulhar e procurar no fundo ou por alguma passagem que me levasse até a chave. Mas imediatamente Margareth disse: - - Eu vou.
- Margareth, pode ser perigoso.
- Romualdo, estamos juntos nessa, eu vou. Espere aqui com o Pedrinho.
E partiu decidida, subiu na beirada do poço e pulou. Ela é muito corajosa, algo que temos em comum.
Pedrinho achou em um canto uma pilha grande de moedas. Mais um caçador de tesouros.
- Podemos levar? - perguntou ele.
- Sim. Pelo que sei os tesouros não reclamados são de quem encontrou.
Recolhemos e continuamos esperando por Margareth, ela estava demorando e nós estávamos ficando preocupados.
Após uns minutos angustiantes ela voltou. Eu estava me preparando para ir atrás dela, mas precisava confiar que ela também era uma boa aventureira, corajosa sei que é. Eu só conseguia me lembrar das armadilhas de fogo, da múmia. Varri logo a lembrança daquela criatura mofada da minha mente.
E trouxe a chave. Então era merecido que ela mesma colocasse no lugar.
Depois de muito trabalho encontramos o que viemos buscar, agora era pegar e entregar para o contratante.
Margareth pisou no último interruptor e uma porta se abriu para a saleta onde começamos, era só subir a escada e estaríamos de volta no grande salão onde os visitantes iam ver as relíquias expostas.
Agora éramos uma famílias de aventureiros.
Essa tinha sido bem fácil, só encontramos uma armadilha e foi tranquila de desativar. E Margareth queria mais, parece que viciou em aventuras. Depois de entregarmos a relíquia e recebermos nosso pagamento ela foi logo em busca de outra.
Essa parecia moleza. Pegar umas pedras para uma comerciante local.
Lá fomos nós a caça de pedras e minerais. Tudo estava indo ótimo até a mulher pedir 3 besouros. Margareth aceitou, mas na hora de pegar os bichos sobrou pra mim. Eca, que bichos asquerosos. Mas eu fiz cara de feliz e peguei todos, até os que já iam fugindo quando chegamos de volta ao mercado.
Ela entregou as pedras e insetos, recebeu pagamento e pronto. A missão mais tranquila que eu já vi.
- Podemos ir agora? - perguntei inocente.
- Claro que não. Agora que começamos. Essa foi muito fácil. Vamos almoçar aqui no mercado e depois iremos em busca de algo mais interessante.
Vixi, o bichinho da aventura mordeu ela.
Romualdo, Detetive Particular
by Kabuk (Francine Saraiva)
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