Capítulo 20 - Arrumando a Casa

Era coisa que não acabava mais pra fazer. Coloquei logo a casinha do Oto dentro do cercado. E por falar em cercado tinha que tirar toda aquela cerca velha e colocar nova. Foi puxado, mas consegui a ajuda de uns amigos e os amigos que trouxeram. 

E enquanto esperava o material ser entregue eu fui pintar a esteira que viera com a casa. Estava com uma aparência bem feia e enferrujada, mas eu com meu toque artístico a faria ficar como nova. 


Depois Dan e Jaime levaram ela para o porão. 
Os móveis que eu e Margareth havíamos comprado chegaram e fomos arrumando pela casa. Não havia dado para comprar tudo, mas o essencial estava lá. Faltavam os sofás, mas demos um jeito de fazer um provisório com caixas e almofadas. A TV Jaime me arrumou uma emprestada que ele nem usava mais, era antiga, mas boa e daria para assistir até podermos comprar outra. 



Mesmo sendo um sofá arranjado que iríamos trocar em breve, Margareth não queria dar mole para o Oto. E foi logo aplicando o treinamento para evitar que ele destruísse as caixas. O coitado ficou murchinho depois da bronca. 



Os rapazes estavam ajudando muito mesmo, levaram o armário que eu comprei de segunda mão para o nosso quarto.  


O armário estava ótimo, semi novo. Nem dava pra notar que era usado. 




Bem, quase não dava. Mas eu, o mestre das ferramentas daria um jeito nisso também. 

E faltava o fogão, mas comprei uma fritadeira que iria quebrar um galhão. E tome fritura por um tempo. 
Margareth estava sendo maravilhosa, limpando, arrumando, fritando quitutes para a galera e não reclamando de quase nada. Só cismara com aquela cerca e eu não entendia porque. Certo que era uma cerca medonha, velha e quebrada em algumas partes, mas quem liga? 
Ela, ela liga. 



Todo o material da cerca já havia chegado e a galera pegou os martelos e partiu para os trabalhos.



Apresentando a rapaziada. Daqui para o fundo: Dan, Ryu, Jaime e Carlos Miguel. 


Eu estava me sentindo o carpinteiro. E percebi que eu era pau pra toda obra, rs. 

Pintamos e limpamos os vidros de todas as portas externas, as de dentro da casa não teve como salvar nenhuma, tive que comprar novas. Alguns vidros tiveram que ser trocados, mas no geral as portas externas e janelas estavam boas. Ficou muito bom com a pintura. 



Com a louça, chuveiro e gabinetes dos banheiros instalados a casa estava tomando jeito. Já tinha arrumado as coisas do Oto e do Kiko. Margareth pra lá e pra cá limpando tudo, lavando roupa, estendendo. 



A máquina de lavar que eu comprara era bem velhinha e não estava colaborando muito. O que posso fazer? Sou um homem econômico.
Alguns podem me achar pão duro, mas eu sou só duro mesmo.





Comprei o que pude novinho na loja e de ótima qualidade, outras coisas tive que me virar com o brechó dos Quero-Tudo-Que-É-Seu 
Meu próximo passo eram os sofás e a TV. Pelo menos camas novas comprei, já tínhamos as coisas principais para morarmos bem até podermos comprar o restante.
A louça não parava de acumular na mesa e na pia e eu lembrei que teria que comprar uma lavadora também. Comentei isso com Margareth e pelo olhar dela, e ela ter dito com todas as palavras, ajudou a perceber que de segunda mão nem pensar. 



Francis também viera ajudar, pegou no pesado com os móveis e ajudando a levar coisas para o porão. Mas não podia se demorar. Com o olhar crítico dele e como já tinha trabalhado como arquiteto ele reparou em cada detalhe da casa e veio falar comigo na saída.

Ele me falou que além de colocar mais janelas e mais modernas como Margareth queria havia mudanças mais sérias que poderiam ser feitas na casa. Margareth já dissera que teria que colocar cobertura na parte cercada do quintal onde Oto e Kiko passariam muito tempo pois era onde estavam as coisinhas deles. Isso era certo que eu teria que fazer. Então ele deu a ideia de expandir o terceiro andar para onde ficaria a cobertura. Colocando pilares. O terceiro andar era onde ficava o quarto do Pedrinho e outro para o futuro herdeiro da minha dureza. Me pareceu um custo bem alto, mas ele me garantiu que ficaria muito mais em conta do que eu imaginava. Fez uns rascunhos pra mim e se despediu, ele ainda iria viajar para Monte Vista mais tarde. Dali a dois dias ele estaria de volta e eu e Margareth teríamos tempo para pensar. 

Ah não! Oto destruiu o arranhador do Kiko. Lá ia eu correr no pet shop pra comprar outro e Oto iria com certeza levar outra bronca.